Gusttavo Lima é Mencionado em Investigação da PF Sobre Lavagem de Dinheiro do PCC

Gusttavo Lima é Mencionado em Investigação da PF Sobre Lavagem de Dinheiro do PCC

Cantor nega irregularidades e afirma que transação citada foi a compra legal de uma aeronave

A Polícia Federal identificou movimentações financeiras suspeitas em uma rede de lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e à máfia italiana. Dentro desse esquema, surgiram os nomes do cantor sertanejo Gusttavo Lima, do pastor Valdemiro Santiago e do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho. Embora não estejam formalmente indiciados, todos devem ser chamados para prestar esclarecimentos.

A investigação faz parte da Operação Mafiusi, conduzida pela 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, a mesma que ficou conhecida pelos processos da Lava Jato. A operação já denunciou 14 pessoas por envolvimento com organização criminosa e associação ao tráfico de drogas.

Como Gusttavo Lima foi citado na investigação?

A Polícia Federal rastreou transações financeiras ligadas à empresária Maribel Golin, que movimentou mais de R$ 1,4 bilhão entre 2020 e 2022. Durante a análise das contas de suas empresas, os investigadores encontraram repasses milionários da Balada Eventos e Produções Ltda., empresa que administra a carreira de Gusttavo Lima, para uma das firmas de Maribel, a JBT Empreendimentos.

Os investigadores afirmam que não há registros de notas fiscais ou contratos detalhados que justifiquem essas movimentações, o que levantou suspeitas sobre a legalidade das transações.

Gusttavo Lima se defende

Em nota, a Balada Eventos esclareceu que a única transação entre a empresa e a JBT Empreendimentos foi a compra legal de uma aeronave em junho de 2022. A negociação, segundo a empresa, foi feita de forma legítima, com contrato formal e registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O cantor também negou qualquer envolvimento com o empresário Willian Barile Agati, um dos principais alvos da Operação Mafiusi, apontado como o operador financeiro do PCC.

Outros envolvidos e o esquema investigado

A Polícia Federal identificou que o grupo investigado utilizava empresas de fachada e contas de terceiros para disfarçar a origem ilícita do dinheiro. Entre os suspeitos, estão empresários e líderes religiosos, além de criminosos conhecidos.

O relatório da PF aponta que o dinheiro circulava entre empresas de diferentes ramos, como comércio de roupas, locação de veículos e até venda de imóveis e aeronaves. No caso do pastor Valdemiro Santiago, a investigação sugere que um parente seu “esquentava” dinheiro dentro da igreja. Já o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho teria movimentado milhões de reais dentro do esquema.

E agora?

A Operação Mafiusi segue avançando e pode trazer novos desdobramentos. Os citados, incluindo Gusttavo Lima, deverão prestar depoimento para esclarecer as movimentações financeiras. Caso as suspeitas sejam confirmadas, a Justiça poderá determinar o avanço das investigações e a abertura de processos contra os envolvidos.

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