Haddad se mostra confiante com o arcabouço fiscal, mas reconhece desafios e defende metas do governo

Ministro da Fazenda garante respaldo de Lula para seguir as diretrizes fiscais, apesar da necessidade de ajustes no sistema

Em evento promovido pelo Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou estar tranquilo com o funcionamento do arcabouço fiscal, embora reconheça a necessidade de ajustes na “máquina” do governo para garantir sua eficácia. Ele destacou, ainda, o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo siga em busca das metas fiscais estipuladas, especialmente para o resultado primário.

Haddad explicou que, quando o Brasil alcançar a estabilidade da dívida pública e conseguir controlar a inflação e a Selic, será possível revisar alguns parâmetros do arcabouço fiscal, mas defendeu que a estrutura do sistema, baseada em limites de gastos e metas de resultado primário, deve permanecer inalterada.

O ministro afirmou que, a médio e longo prazo, algumas partes do orçamento podem não se encaixar no todo, e reafirmou sua posição favorável ao reforço das medidas adotadas no ano passado para garantir a solidez do arcabouço.

Em um post em rede social após o evento, Haddad esclareceu que sua fala havia sido distorcida. Ele reafirmou seu compromisso com a arquitetura do arcabouço fiscal e a defesa do cumprimento das metas estabelecidas pelo governo atual. O arcabouço fiscal prevê um crescimento real dos gastos de até 2,5% ao ano, dependendo da arrecadação, com metas de déficit primário zero para 2025 e um superávit de 0,25% do PIB em 2026.