Interceptado no mar: Barco com Greta Thunberg chega a Israel após missão humanitária ser interrompida

Ativistas que tentavam levar ajuda à Faixa de Gaza são levados a porto israelense sob escolta. Israel alega que embarcação tinha pouca carga e será devolvida aos países de origem.

Um barco com a ativista ambiental Greta Thunberg e outros 11 voluntários foi conduzido por militares israelenses até o porto de Ashdod nesta segunda-feira (9), após ser interceptado em alto-mar. O grupo, ligado à organização Freedom Flotilla Coalition, afirmava ter como destino a Faixa de Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária.

Segundo os ativistas, a embarcação chamada Madleen transportava fórmulas infantis, mantimentos e suprimentos médicos. No entanto, o governo de Israel afirmou que a carga era insignificante — menor que a de um único caminhão — e que todos os integrantes da missão passarão por exames médicos antes de serem deportados para seus respectivos países.

A interceptação aconteceu no Mar Mediterrâneo, e os organizadores da missão denunciaram que o barco foi abordado por militares israelenses em águas internacionais, a cerca de 200 km de Gaza. Eles acusam Israel de “sequestro” e alegam que o grupo foi cercado por drones e teve o veleiro invadido pelas forças de segurança no domingo (8).

Israel justificou a ação afirmando que a embarcação violava normas de segurança. Apesar das tensões, não há relatos de confrontos físicos ou feridos.

Greta Thunberg, conhecida mundialmente por seu ativismo climático, foi fotografada ao desembarcar no porto israelense. Ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.

A tentativa do grupo de romper o bloqueio a Gaza ocorre em meio a um contexto de conflito prolongado na região e amplia o debate internacional sobre a situação humanitária no território palestino.