
Israel Acusa Hezbollah de Quebrar Acordo de Cessar-Fogo e Ameaça Agir com Força
Subtítulo: Ministro da Defesa de Israel alerta que, caso condições do acordo não sejam cumpridas, o país tomará medidas unilaterais.
Texto reescrito: Neste domingo (5), o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, acusou o grupo Hezbollah de não cumprir as condições do cessar-fogo e advertiu que Israel tomará medidas “fortes” caso o acordo seja descumprido. Ele afirmou que os combatentes do Hezbollah não se retiraram da área sul do Líbano, como previsto, em direção ao norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira com Israel.
Katz ressaltou que, se a condição de retirada não for atendida, o acordo não se manterá, forçando Israel a agir para garantir a segurança da população no norte do país e possibilitar o retorno dos deslocados às suas casas.
O acordo de trégua, assinado em 27 de novembro, foi um esforço para interromper o conflito que durou dois meses entre Israel e o Hezbollah. O pacto estabelecia, entre outras coisas, que o Exército libanês e as forças de paz da ONU se posicionassem no sul do Líbano e que o Exército israelense se retirasse após 60 dias. Além disso, o Hezbollah deveria se afastar da fronteira israelense.
Desde o início do cessar-fogo, ambos os lados se acusam mutuamente de violar o acordo. Em setembro, Israel intensificou os bombardeios contra os redutos do Hezbollah, após confrontos transfronteiriços que começaram com o apoio do grupo libanês ao Hamas, envolvido no conflito com Israel em Gaza desde outubro de 2023.
Katz afirmou que a implementação do acordo depende da retirada do Hezbollah para o norte do Litani e da destruição de sua infraestrutura pelo Exército libanês, o que ainda não ocorreu. Mais de um mês após a entrada em vigor do cessar-fogo, Israel se retirou de apenas uma área no sul do Líbano, a cidade de Khiam.
As forças de paz da ONU e o Exército libanês também acusaram Israel de violar o acordo, criando um cenário de crescente tensão na região.