Juíza que mandou prender o cantor Gusttavo Lima já foi acusada de manipular processos
Andrea Calado da Cruz atua no TJPE e sofreu representação feita pela Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Vitória de Santo Antão, em 2014
É impossível não sentir indignação ao ver a atuação dessa juíza, Andrea Calado da Cruz, que parece se orgulhar do rótulo de “linha-dura”, mas cujas ações deixam um rastro de questionamentos e suspeitas. Afinal, estamos falando de alguém que, além de mandar prender Gusttavo Lima, já foi acusada de manipular processos na justiça, sem qualquer respaldo legal, e enfrenta denúncias gravíssimas de abuso de autoridade.
É o cúmulo da arbitrariedade. Em 2014, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Vitória de Santo Antão já havia feito uma representação contra ela, acusando-a de forçar a distribuição de processos para sua própria vara. Funcionários da justiça teriam sido coagidos a agir de forma irregular por ordens dela! E, como se isso já não fosse escandaloso o suficiente, essa mesma juíza é apontada por determinar a emissão de certidões falsas para encobrir suas ações.
Andrea, que agora está no centro das atenções por ter decretado a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, parece ter um histórico de abusos que desafia qualquer noção de justiça. Ela se defende alegando que suas decisões desagradam “criminosos e aqueles que não respeitam o estado de Direito”. Mas será que é só isso? Ou estamos diante de uma magistrada que se esconde atrás de uma fachada de rigor para encobrir seu comportamento questionável?
E o que dizer das operações que ela está conduzindo? No caso de Gusttavo Lima, ele está envolvido em uma investigação sobre lavagem de dinheiro em cassinos e casas de jogos, a mesma que levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra. Movimentação de mais de R$ 3 bilhões! E claro, a juíza está na linha de frente dessas decisões polêmicas, ganhando cada vez mais atenção da mídia.
E como se não bastasse, o currículo de Andrea ainda inclui um convite para depor em uma CPI que investigava o tráfico de pessoas. Isso depois de ser acusada de favorecer um casal que furou a fila da adoção, passando à frente de 37 famílias olindenses. No fim das contas, a audiência nunca aconteceu, como se tudo tivesse sido varrido para debaixo do tapete.
É assustador pensar que alguém com esse histórico de controvérsias, envolvida em tantas acusações de abuso e irregularidades, esteja no controle de decisões que afetam diretamente a vida de tantas pessoas. Que tipo de justiça é essa? É difícil não se indignar com o poder desmedido que parece permear as ações dessa magistrada, enquanto o resto de nós observa impotente um sistema que se dobra a interesses obscuros e figuras que se escondem sob o manto da lei.
FONTE: Metrópoles