Juízes federais convocam greve após afastamento de ex-juíza da Lava Jato
O afastamento da juíza Gabriela Hardt e outros magistrados ligados à Operação Lava Jato gerou uma reação imediata por parte da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), que convocou uma greve em protesto contra a decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão.
A Apajufe argumenta que os magistrados afastados atuaram com integridade e nunca foram alvo de investigações ou sanções administrativas. Além disso, a associação alega que o afastamento contribui para a “fragilização das garantias da magistratura”.
Por outro lado, Salomão defende sua decisão com base em supostas violações éticas cometidas pela juíza Gabriela Hardt, citando possíveis crimes como peculato-desvio, prevaricação e corrupção privilegiada. O corregedor alega que os atos da magistrada foram baseados em informações incompletas e informais fornecidas pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, sem contraditório ou intimação da União Federal.
O afastamento dos magistrados também foi motivado pelo suposto “descumprimento deliberado” de decisões do Supremo Tribunal Federal, comprometendo a segurança jurídica e a confiança na Justiça.
Essa situação reflete as tensões e polarizações que permeiam o cenário político e jurídico brasileiro, especialmente em relação à Operação Lava Jato, que tem sido objeto de debates e controvérsias nos últimos anos.
É importante que todas as decisões relacionadas ao afastamento de magistrados sejam analisadas com imparcialidade e rigor, respeitando os princípios éticos e legais que regem a atuação do Poder Judiciário.
A greve convocada pelos juízes federais é uma manifestação legítima de protesto, mas é fundamental que as questões sejam resolvidas através do diálogo e do respeito às instituições democráticas, garantindo a independência e a imparcialidade do Judiciário.