Justiça de SP mantém Pablo Marçal fora das urnas por 8 anos

Justiça de SP mantém Pablo Marçal fora das urnas por 8 anos

Empresário é novamente condenado por abuso de poder econômico e uso indevido das redes sociais; multa pode chegar a R$ 420 mil

O empresário e influenciador Pablo Marçal voltou a ser barrado pela Justiça Eleitoral de São Paulo. Pela segunda vez, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) o declarou inelegível por 8 anos, após acusações de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e movimentação irregular de dinheiro na campanha.

A decisão, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, também prevê uma multa salgada: R$ 420 mil, caso Marçal insista em descumprir a ordem judicial. Apesar da sentença, ainda cabe recurso no próprio TRE-SP.

O processo foi movido pelo PSB de São Paulo, com apoio da promotora eleitoral Silvia Andrea Ferraro. O principal motivo foi o descumprimento de uma determinação anterior que mandava suspender as atividades de Marçal no Discord. Segundo a decisão, a comunidade “Cortes do Pablo Marçal” permaneceu ativa, contrariando a liminar.

O juiz foi direto: destacou que Marçal incentivou seus apoiadores a continuarem produzindo e divulgando seus conteúdos, mesmo após a ordem judicial — uma atitude vista como afronta deliberada à decisão da Justiça.

Em nota enviada à imprensa, Marçal rebateu a decisão, classificando-a como “temporária” e disse confiar que a Justiça “irá corrigir essa situação”, reafirmando que sua campanha seguiu “todos os requisitos legais”.

Essa, porém, não é a primeira vez que Pablo Marçal enfrenta problemas com a Justiça Eleitoral. Em fevereiro, ele já havia sido condenado e declarado inelegível após a comprovação de que ofereceu apoio político em troca de doações de R$ 5 mil para sua campanha, favorecendo candidatos a vereador que não fossem de partidos de esquerda.

Na ocasião, o mesmo juiz concluiu que Marçal teve participação direta nas irregularidades, colocando seu próprio nome e influência a serviço de práticas proibidas pela lei eleitoral.

Enquanto tenta reverter as condenações nos tribunais, Marçal também enfrenta a batalha para tentar manter sua influência digital — mas, agora, sob o olhar atento da Justiça.

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