Justiça solta casal de van onde menino foi encontrado morto
A Justiça em São Paulo concedeu liberdade provisória ao motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e à sua assistente Luciana Coelho Graft, de 44, que enfrentavam acusações de homicídio pelo esquecimento do menino Apollo Gabriel, de 2 anos, dentro de uma van escolar na capital paulista. O trágico incidente resultou na morte da criança após passar seis horas trancada no veículo.
Durante a audiência de custódia realizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) nesta quarta-feira (15/11), a decisão judicial optou por medidas cautelares em vez da prisão preventiva. Entre essas medidas, Flávio e Luciana foram proibidos de continuar exercendo a atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes. Além disso, eles devem entregar suas Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) em até 24 horas.
O TJSP também determinou que o motorista e a assistente devem comparecer ao Tribunal mensalmente, permanecer recolhidos em casa durante os dias de folga e no período noturno (das 22h às 6h). Foi estabelecido ainda que eles não podem manter contato, de qualquer forma, com testemunhas e familiares da vítima. Os dois estão proibidos de deixar São Paulo por mais de oito dias sem aviso prévio.
O incidente ocorreu quando Flávio e Luciana deveriam ter deixado o menino na escola às 7h, mas esqueceram o garoto dentro da van, que ficou estacionada em uma garagem até a tarde. Eles só perceberam a situação por volta das 15h30, encontrando Apollo Gabriel inconsciente no veículo. Os acusados foram presos em flagrante por homicídio doloso na terça-feira (14/11).
A mãe de Apollo, Kaliane Rodrigues, afirmou que a auxiliar do motorista colocou o menino em um lugar diferente do habitual dentro da van, o que contribuiu para o trágico desfecho. Kaliane expressou sua angústia com a situação, lamentando a perda irreparável de seu filho e mencionando um pressentimento negativo ao deixá-lo na van.
