Lula Critica Países que Sabotam a OMS e Defende Fortalecimento da Saúde Global
Durante reunião do Brics, presidente aponta erro grave na sabotagem da organização e reforça a importância de um pacto internacional de saúde.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas aos países que prejudicam o trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS). A declaração foi feita nesta terça-feira (26 de fevereiro), durante uma reunião dos sherpas do Brics em Brasília. Lula destacou que as pandemias, como a Covid-19, evidenciaram a urgência de um tratado internacional sobre saúde pública, além de reforçar a necessidade de fortalecer a OMS para garantir acesso igualitário a vacinas e medicamentos.
Lula comentou sobre a falta de consenso para a criação do Tratado sobre Pandemias, afirmando que a ausência de um acordo até hoje demonstra a falta de união internacional diante de crises de saúde pública. “Sabotar os trabalhos da OMS é um erro com sérias consequências”, afirmou o presidente, reforçando que fortalecer a arquitetura global de saúde é essencial para garantir o acesso justo a medicamentos e vacinas.
A crítica de Lula ocorreu após a decisão de Donald Trump, em janeiro, de retirar os Estados Unidos da OMS, o que gerou lamentações da organização, que lembrou o papel fundamental dos EUA na sua fundação.
Em seu discurso, Lula também condenou a postura de países que governam com base na “lei do mais forte”, alertando que a busca pelo caos e a imprevisibilidade distanciam esses países dos compromissos globais necessários para a estabilidade mundial. “Negociar com a lei do mais forte é um atalho perigoso para a instabilidade e para a guerra”, destacou.
A reunião dos sherpas do Brics, que ocorre no Palácio do Itamaraty, reúne os enviados especiais dos países membros do grupo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e tem como foco temas como saúde global, mudanças climáticas, comércio, investimentos e governança da inteligência artificial. O Brasil preside o Brics até 2025, com o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
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