Lula tem agenda com presidente da Guiana e deve se reunir também com Maduro

Lula tem agenda com presidente da Guiana e deve se reunir também com Maduro

Lula viaja na quarta-feira (28) para Guiana, onde terá encontro com o presidente do país. Já sexta-feira (1º) ele deve se reunir com Maduro


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja encontros com os presidentes da Guiana, Irfaan Ali, e da Venezuela, Nicolás Maduro, para discutir a crise em Essequibo, um território disputado por ambos os países e rico em petróleo. Os líderes estarão presentes na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas, na próxima sexta-feira (1º), após a visita de Lula à Guiana.

Lula partirá de Brasília na quarta-feira (28) em direção a Georgetown, capital da Guiana, onde participará como convidado da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) no dia seguinte. Durante sua estadia, está programado um encontro com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, focado na crise de Essequibo, conforme informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

A embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina do MRE, destacou que a neutralidade do governo brasileiro na questão visa facilitar o diálogo e buscar uma solução negociada. Ela enfatizou que o Brasil não se manifesta sobre o cerne da questão entre Guiana e Venezuela, buscando respeitar os tratados internacionais e agindo como facilitador do diálogo.

Lula, Maduro e Ali assinaram uma declaração conjunta em dezembro passado, comprometendo-se a não usar a força um contra o outro na disputa por Essequibo. O Brasil tem atuado como mediador nesse conflito, defendendo uma resolução pacífica. A crise iniciou-se quando Maduro anunciou a incorporação de Essequibo, região disputada há mais de um século, e o Brasil reforçou a presença militar em Roraima, fronteira com os dois países. A resolução do conflito é vista como crucial para a estabilidade na região, pois o Brasil é o único país que faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, e um possível conflito militar poderia afetar território brasileiro em Roraima.

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