Meio Ambiente: Marina Silva diz que Pantanal mato-grossense vai desaparecer

Meio Ambiente: Marina Silva diz que Pantanal mato-grossense vai desaparecer

O Pantanal corre o risco de sumir até o final deste século por conta da “falta de chuvas” e do “intenso processo de evaporação”, que estão secando a região de maneira acelerada.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou um alerta que soa como um grito desesperado em meio ao caos: o Pantanal, essa joia natural que é a maior planície alagada do mundo, pode simplesmente desaparecer até o final deste século. O motivo? A combinação letal de “baixa precipitação” e o “alto processo de evapotranspiração”, que está secando essa região única como se estivesse espremendo o último gole de água de uma esponja já seca. Se isso não te revolta, nada mais vai.

O cenário é apocalíptico. Segundo o PrevFogo do Ibama, 98% das queimadas no Pantanal são culpa direta da ação humana. É como assistir alguém riscar um fósforo em uma floresta, sabendo que isso pode incendiar tudo ao redor, mas a pessoa não para. E o Pantanal, que abriga uma biodiversidade ímpar, está ardendo em chamas, com o tempo correndo contra ele. É a própria Terra gritando de dor.

Não é só o Pantanal que está sofrendo. O Brasil vive uma crise ambiental sem precedentes: 12,5 milhões de pessoas estão sem ver uma gota de chuva há mais de 100 dias, enquanto o fogo devora o que encontra pela frente. Só em Brasília, 40% da Floresta Nacional já virou cinzas, e duas das cinco nascentes que abastecem a capital foram destruídas. A situação está tão crítica que há suspeitas de incêndios criminosos, levando a Polícia Federal a abrir investigações. O que era um cenário natural de seca virou palco de destruição intencional.

A ministra Marina Silva, que há anos é uma voz de resistência no meio ambiente, reconheceu que a luta agora é para “empatar o jogo”. E que jogo desleal esse, onde as regras são impostas pela devastação e o lucro a qualquer custo. Ela destacou que o Pantanal está perdendo sua vegetação ano após ano, e que se continuarmos nesse ritmo, vamos nos despedir para sempre dessa maravilha natural. Para Marina, o país está em uma corrida contra o tempo para evitar que a maior planície alagada do planeta desapareça do mapa.

O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDAm) e o Plano de Transformação Ecológica foram mencionados como tentativas de frear essa destruição, com mais brigadistas contratados e esforços sendo feitos para salvar o que ainda resta. Mas a verdade nua e crua é que a situação já estaria muito pior sem essas ações. Como se fosse possível ficar pior.

A ministra também levantou outro ponto alarmante: o perfil dos incêndios mudou. Antes, as queimadas aconteciam em áreas mais vulneráveis, mas agora estão atingindo em cheio a floresta. Para piorar, 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas, e não em terras indígenas ou unidades de conservação, o que só reforça o quanto o ser humano está destruindo o planeta com as próprias mãos. As queimadas não são resultado de fenômenos naturais, como um raio perdido, mas sim da ganância desenfreada e do descaso.

Enquanto o Pantanal queima e a Amazônia é devastada, a sensação de impotência cresce, como se estivéssemos assistindo de camarote ao fim de algo que nunca deveria ter começado. E quando Marina Silva diz que o Pantanal pode desaparecer, o que ela realmente está dizendo é que o Brasil está prestes a perder uma parte de sua alma.

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