Milei e EUA unem forças para criar alternativa internacional à OMS sem autoritarismo
Presidente argentino e secretário de Saúde americano anunciam projeto conjunto para sistema de saúde global baseado em ciência e liberdade
O presidente da Argentina, Javier Milei, e o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciaram uma parceria para desenvolver uma alternativa internacional à Organização Mundial da Saúde (OMS), que fugirá do que chamam de autoritarismo e controle político. O anúncio foi feito após uma reunião realizada nesta terça-feira (27), em Buenos Aires, reforçando a sintonia entre Washington e Buenos Aires em assuntos globais delicados.
Kennedy Jr., que está em visita oficial à Argentina, publicou em sua conta no X que discutiu com Milei a saída conjunta dos dois países da OMS e a criação de um sistema de saúde internacional fundamentado em ciência confiável, longe da corrupção, do autoritarismo e da interferência política. A publicação foi rapidamente compartilhada e repercutida pelas redes do presidente argentino.
Essa decisão conjunta vem após críticas duras de ambos os governos à atuação da OMS durante a pandemia de Covid-19. Em fevereiro, a Argentina formalizou sua saída da entidade, poucos dias depois dos Estados Unidos, sob a gestão Trump, tomarem o mesmo caminho. As autoridades argentinas destacam que as divergências são profundas, principalmente em relação às medidas restritivas adotadas e à forma como foram conduzidas as políticas de vacinação.
Em nota oficial, divulgada logo após o encontro entre o ministro da Saúde argentino, Mario Lugones, e Kennedy Jr., o governo de Milei reforçou suas críticas à OMS. O comunicado aponta que “a OMS falhou porque suas orientações não se baseiam na ciência, mas em interesses políticos e em uma burocracia resistente a corrigir seus erros. Em vez de ajustar a rota, a organização tenta expandir competências que não possui e ameaça a soberania sanitária dos países.”
Com essa iniciativa, Argentina e EUA pretendem liderar um movimento global para estabelecer um sistema de saúde mais transparente, científico e respeitoso com as decisões nacionais, abrindo caminho para uma nova era de cooperação internacional na área da saúde, sem autoritarismos.
