
Militares Veem Novo Foco de Tensão com Lula após Cerimônia do 8 de Janeiro
Bastidores em Brasília indicam críticas ao envolvimento de movimentos sociais no evento, gerando desconforto entre as Forças Armadas.
A cerimônia que marcou os dois anos dos ataques de 8 de janeiro, realizada nesta quinta-feira em Brasília, teve a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e dos comandantes das Forças Armadas, que participaram do evento para reforçar o compromisso com a democracia e repudiar os ataques. No entanto, nos bastidores, a situação parece mais tensa. Militares, tanto da ativa quanto da reserva, já apontam um novo foco de crise envolvendo a própria cerimônia.
A parte que gerou mais desconforto foi o momento final do evento, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descerá a rampa do Palácio do Planalto para realizar um abraço simbólico em torno da palavra “democracia”, composta por flores. O evento contará com a presença de representantes de movimentos sociais como o MST, a CUT, entre outros aliados do PT, que também são organizadores da cerimônia.
Para os militares, esse gesto pode transmitir a impressão de que o evento tem um viés ideológico, o que os incomoda. Além disso, há uma preocupação de que alguns discursos possam acirrar os ânimos dentro das Forças Armadas. A relação entre o governo e os militares já se deteriorou nos últimos meses, com questões políticas e estratégicas sendo fontes de atrito.