Ministro ignora crise e ataca prefeito: enquanto São Paulo sofre no apagão, Silveira troca acusações vazias
É difícil de acreditar que, em plena crise energética, com quase 700 mil pessoas ainda no escuro após o apagão que atingiu São Paulo na sexta-feira (11), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteja mais preocupado em travar uma guerra de palavras com o prefeito Ricardo Nunes do que em buscar soluções urgentes. Em vez de demonstrar responsabilidade e agir rapidamente para resolver a situação, Silveira preferiu atacar o prefeito, comparando-o ao influenciador Pablo Marçal e chamando-o de “aprendiz de malfeitos”.
O foco dessa briga política? Fake news. Silveira acusou Nunes de distorcer a verdade ao afirmar que o governo federal planeja renovar o contrato da Enel, a empresa que é a responsável por fornecer energia à capital e, agora, é apontada pelo prefeito como “inimiga do povo”. O ministro, em tom defensivo, afirmou que sua participação em um fórum na Itália, no dia do apagão, nada tinha a ver com qualquer acordo sobre a Enel. Parece inacreditável que, em um momento de caos, o ministro se preocupe em limpar sua imagem ao invés de trabalhar para devolver a energia e a tranquilidade aos paulistanos.
A falta de empatia com a população é de tirar o fôlego. Enquanto eles se acusam mutuamente, a cidade continua no escuro, sem uma perspectiva clara de quando os problemas serão resolvidos. O que vemos é uma triste dança de egos, onde, em vez de respostas, o que se recebe são ataques pessoais e falhas em assumir a responsabilidade. O apagão pode até ter sido causado por um temporal, mas o verdadeiro desastre é a falta de liderança e comprometimento com quem mais precisa neste momento.