
Mourão critica prisão de Braga Netto: “Atropelo das leis”
Ex-vice-presidente defende general e alega ausência de riscos à ordem pública
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República e general da reserva, classificou como “atropelo das normas legais” a prisão de Walter Braga Netto, também general e ex-ministro do governo Bolsonaro. Mourão utilizou as redes sociais para expressar sua indignação, afirmando que a medida é desproporcional e injustificada.
“O General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública, e sua prisão é apenas mais uma página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, publicou Mourão no X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter.
Repercussão na oposição
A prisão de Braga Netto também gerou críticas de outros nomes da oposição. O deputado Luiz Ovando (PP-MS) acusou o STF de perseguir adversários políticos. “Braga Netto preso por ‘suposta’ obstrução. Criaram a fantasia do golpe para perseguir opositores, com Moraes como guardião do regime jurídico-ditatorial”, escreveu Ovando, também no X.
A detenção do general ocorre em meio a investigações de sua suposta tentativa de acessar dados sigilosos da delação premiada de Mauro Cid e sua ligação com um plano golpista. No entanto, os opositores têm questionado a legitimidade da prisão, apontando exageros na condução do caso.
Contexto e críticas
Braga Netto é acusado de obstrução de investigações e de participação em planos para subverter a ordem democrática no Brasil. Apesar das acusações, aliados afirmam que a prisão do general reflete uma postura punitiva contra adversários políticos e levanta dúvidas sobre a isenção nas decisões do STF.
A detenção reacende os debates sobre os limites do poder judiciário e a polarização política no Brasil, colocando em evidência a tensão entre instituições e a oposição.