Novos registros de posse de armas caem 74% no governo Lula
O número de novos registros de posse de armas de fogo no Brasil teve uma queda significativa de 74% durante o ano de 2023, em comparação com o governo anterior de Jair Bolsonaro. Até novembro de 2023, foram feitas 23,5 mil solicitações, enquanto no mesmo período do ano anterior eram 91,7 mil.
A média diária de novos registros durante a gestão do presidente Lula é de 71, em comparação com a média anterior de 275 por dia no governo anterior, de acordo com dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal.
A quantidade total de registros de posse em 2023 é a menor dos últimos dez anos, marcando uma redução notável em relação ao pico registrado em 2021, durante o governo Bolsonaro.
A queda nos registros iniciou em setembro de 2022, quando houve 7.900 pedidos, comparados a 10 mil em agosto do mesmo ano. Essa redução pode ser atribuída à suspensão de decretos presidenciais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que flexibilizavam as regras para posse e porte de armas.
O governo de Lula adotou medidas para reduzir a quantidade de armas acessíveis à população, restabelecendo a necessidade de comprovação efetiva para obter posse ou porte de arma de fogo. A mudança de governo e o aumento na fiscalização também foram citados como fatores que contribuíram para a redução nos pedidos de registros.
Além disso, as solicitações de porte de armas no país, que autorizam a circulação armada em locais públicos, diminuíram em 26%, totalizando 6.600 pedidos até novembro de 2023, em comparação com 9.000 no mesmo período do ano anterior. A quantidade total de armas liberadas para circulação nas ruas é de 56,6 mil, a maioria destinada a uso funcional de profissionais que portam armas devido às suas funções.
Essas mudanças indicam uma reversão na política de flexibilização do acesso a armas implementada no governo anterior, refletindo uma postura mais restritiva e cautelosa em relação ao controle de armas de fogo.