Nunes Reforça Crítica ao Mototáxi em SP: “A Cidade Não Pode Virar Uma Carnificina”
O prefeito de São Paulo pediu ao judiciário que mantenha o decreto que proíbe o serviço de mototáxi, apontando aumento de acidentes com motos na cidade.
Em uma nova rodada de críticas ao serviço de mototáxi oferecido pelas plataformas Uber e 99, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não poupou palavras. Durante entrevista coletiva, ele comparou o serviço de mototáxi a uma “carnificina”, referindo-se ao impacto do aumento de acidentes com motociclistas nas ruas da capital paulista. O prefeito reiterou a preocupação com a segurança no trânsito, especialmente no que diz respeito aos serviços de transporte por aplicativo, que, segundo ele, têm contribuído para o aumento de mortes no trânsito.
“Embora o número de óbitos gerais tenha diminuído, os casos envolvendo motos continuam subindo. Por isso, temos que combater com todas as nossas forças a operação desse serviço de mototáxi”, afirmou Nunes, reforçando a importância da faixa azul e outras medidas de segurança para melhorar o trânsito.
A declaração foi feita durante a entrega de um novo trecho de Faixa Azul, corredor exclusivo para motos, na Avenida do Estado, uma das principais vias da cidade. O prefeito destacou que, em áreas com esses corredores, o número de mortes caiu significativamente, apontando uma redução de 47,2% entre 2023 e 2024.
Além disso, Nunes pediu que o judiciário analise a constitucionalidade do decreto municipal que proíbe o serviço de mototáxi. O julgamento sobre a questão está marcado para o dia 6 de abril no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Em resposta, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) refutou as críticas do prefeito, argumentando que as plataformas oferecem camadas adicionais de segurança. A Uber também se manifestou, defendendo que a responsabilidade pelos acidentes não pode ser atribuída exclusivamente aos serviços de mototáxi.
