OAB pede que Moraes reveja decisão que impede advogados de operação contra bolsonaristas de se comunicarem entre si
Nesta sexta-feira (9), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscando a revisão da decisão que proibiu advogados de alvos da operação realizada na quinta-feira (8) de se comunicarem. A OAB argumentou que é crucial garantir as prerrogativas, afirmando que os advogados não podem ser impedidos de interagir e que não devem ser confundidos com seus clientes.
Na petição, a OAB também reiterou sua confiança no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas, destacando ações anteriores em defesa da Justiça Eleitoral. A entidade ressaltou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus interlocutores nunca procuraram a OAB para pedir apoio a críticas infundadas contra o sistema eleitoral, e que, caso alguém o fizesse, receberia uma resposta negativa.
A manifestação da OAB ocorreu em resposta ao vídeo da reunião que embasou a operação, no qual Bolsonaro mencionou a OAB. A entidade afirmou que não toma partido em disputas político-partidárias e mantém uma posição técnico-jurídica, atuando prioritariamente em temas do cotidiano da advocacia, como as prerrogativas da profissão.
A decisão do STF, esclarecida pela assessoria do tribunal, indicou que os advogados não estão proibidos de se comunicarem, mas não podem servir como interlocutores para combinar a defesa. A medida gerou divergências entre advogados, com alguns argumentando que fere as prerrogativas da advocacia, enquanto outros defendem uma interpretação mais generosa da decisão para evitar manipulações. A assessoria do STF não comentou as críticas específicas de alguns advogados em relação à decisão.