
Pacote Fiscal Fragilizado Expõe Limitações Políticas de Lula e Haddad
Desgaste no Congresso e concessões para emendas parlamentares enfraquecem propostas do governo
O esperado aconteceu: o pacote fiscal apresentado pelo ministro Fernando Haddad perdeu força ao passar pelo Congresso. Emendas e interesses eleitorais, inclusive de parlamentares da base governista, comprometeram o impacto das medidas, evidenciando a dificuldade do governo Lula em obter apoio político consistente. Mesmo com a liberação de mais de R$ 7 bilhões em emendas, o cenário no Legislativo permaneceu marcado por desconfianças e um cabo de guerra em torno do orçamento.
Fernando Haddad buscou minimizar os danos, afirmando que a desidratação do pacote não foi significativa, mas os ajustes feitos pelo Congresso alteraram pontos cruciais. A inclusão de salvaguardas para emendas individuais e de bancada e a limitação na desvinculação de fundos públicos enfraqueceram a proposta original, enquanto a incerteza sobre a capacidade do governo de alcançar equilíbrio fiscal mantém o mercado apreensivo.
A resistência do presidente Lula em confrontar diretamente os impactos econômicos — como alta do dólar e juros elevados — somou-se ao desconforto gerado pelo bloqueio de emendas no fim do ano. O desgaste na relação com o Legislativo, especialmente em um momento em que o governo busca estabilidade, coloca em dúvida a eficácia de sua estratégia política e econômica para 2024.
Para mais detalhes, confira o texto original na Gazeta do Povo.