PF adia depoimento do general Heleno sobre “Abin paralela”

PF adia depoimento do general Heleno sobre “Abin paralela”


O depoimento do general Augusto Heleno sobre o caso da “Abin Paralela” foi adiado pela Polícia Federal (PF), que inicialmente estava marcado para terça-feira (6). A defesa do ex-ministro solicitou o adiamento alegando a necessidade de acesso aos autos que investigam um possível esquema de monitoramento ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Até o momento, não foi anunciada uma nova data para o depoimento.

O general Augusto Heleno ocupava o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão de Bolsonaro, período em que a Abin estava subordinada ao GSI. Alexandre Ramagem, atual deputado federal, estava à frente da Abin na época e foi alvo de busca e apreensão recentemente.

Em uma entrevista ao programa Roda Viva em março de 2020, o ex-ministro Gustavo Bebianno alegou que Heleno havia sido chamado para participar do esquema de espionagem, mas expressou preocupação com a ideia. Bebianno afirmou ter aconselhado, juntamente com o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, que o presidente não aceitasse a sugestão de Carlos Bolsonaro.

A investigação da PF visa aprofundar o núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente na Abin. A ação clandestina envolvia técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem controle judicial ou do Ministério Público. Os crimes investigados incluem invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial.

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