PGR pede arquivamento de inquérito contra Renan Calheiros e Romero Jucá
Investigação aberta a partir de delações da Odebrecht apontaram o suposto pagamento de R$ 5 milhões em propina.
O pedido de arquivamento do inquérito contra Renan Calheiros e Romero Jucá pela Procuradoria-Geral da República (PGR) é baseado na insuficiência de provas para sustentar uma acusação formal. As investigações, iniciadas em 2017 com base em delações premiadas de ex-diretores da Odebrecht, não conseguiram corroborar as alegações de pagamento de propina no valor de R$ 5 milhões aos políticos em troca de favorecimentos legislativos para a empresa.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, destacou que os elementos reunidos não foram considerados suficientes para justificar uma denúncia contra os políticos, e não foram identificadas novas linhas de investigação viáveis.
A decisão também se baseia na anulação de provas relacionadas ao acordo de leniência da Odebrecht e a sistemas de registro de pagamentos de propina, determinada pelo ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa anulação comprometeu a utilização desses dados na investigação.
Embora as delações tenham fornecido informações sobre a estrutura ilícita da Odebrecht e seu uso para atividades ilegais como lavagem de dinheiro e pagamento de propinas, elas não foram consideradas suficientes para confirmar os supostos pagamentos aos políticos investigados.
Em resumo, a PGR não encontrou evidências suficientes para sustentar as acusações contra Renan Calheiros e Romero Jucá e solicitou o arquivamento do inquérito ao STF.