“Pode ir na ONU que não tô nem aí”, diz Tarcísio sobre abuso da PM

“Pode ir na ONU que não tô nem aí”, diz Tarcísio sobre abuso da PM


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou desinteresse em relação às denúncias de abusos na condução da Operação Verão pela Polícia Militar na Baixada Santista, declarando que não se importa com possíveis críticas ou investigações, incluindo a possibilidade de recorrer à ONU. Desde o ano passado, a região tem sido alvo de operações de segurança, resultando em um aumento no número de mortes de criminoso em confronto com os policiais militares nos dois primeiros meses deste ano, totalizando 57 criminosos, conforme dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo.

Nesta sexta-feira, Tarcísio de Freitas foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela escalada da letalidade policial em São Paulo, acusação apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns. A denúncia alega que a situação na Baixada Santista é resultado de ações deliberadas do governador, que supostamente investe na violência policial contra pessoas negras e pobres.

As entidades solicitaram ao conselho que o Estado brasileiro implemente medidas de controle à violência policial em São Paulo, incluindo a adoção de câmeras corporais, investigações independentes e responsabilização de agentes públicos e da cadeia de comando envolvida em abusos e execuções sumárias.

Em resposta, Tarcísio de Freitas defendeu o trabalho da polícia, alegando que as operações têm sido realizadas com “inteligência e alvos determinados”, visando “restabelecer a ordem”. Ele rejeitou as críticas à ação policial, destacando a profissionalismo da polícia e criticando a tendência de colocá-la como criminosa.

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