Polícia Federal faz buscas em gabinete e endereços do senador Marcos do Val

Polícia Federal faz buscas em gabinete e endereços do senador Marcos do Val

Na tarde de quinta-feira, a Polícia Federal conduziu buscas em endereços relacionados ao senador Marcos do Val, do partido Podemos, que representa o Espírito Santo. No Senado, os jornalistas foram proibidos de acessar o corredor que leva ao gabinete do senador. A presença dos agentes da PF no gabinete causou uma interrupção na rotina do Senado. As buscas foram realizadas tanto em Brasília quanto no Espírito Santo, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Até o momento desta atualização, agentes da PF ainda estavam presentes no Senado. O senador Marcos do Val está sendo investigado por supostamente obstruir investigações relacionadas aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

A operação foi baseada em indícios encontrados em postagens do senador em redes sociais. Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. Em fevereiro deste ano, Marcos do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião para propor seu envolvimento em um plano de golpe de Estado, que teria ocorrido no final do ano. Após a operação de quinta-feira, o senador negou ter dado mais de uma versão sobre o caso, afirmando que deu apenas um depoimento à Polícia Federal na época, em fevereiro, onde apresentou a versão dos fatos e a verdade absoluta, conforme ele afirma.

A assessoria de Marcos do Val afirmou que ele estava em Vitória no momento da operação. De acordo com as investigações, entre os possíveis crimes nos quais o senador poderá ser enquadrado está o de divulgação de informações sigilosas que possam prejudicar outras pessoas. As contas do senador em redes sociais foram bloqueadas por ordem judicial.

Após as buscas no gabinete de Marcos do Val, agentes da Polícia Federal deixaram o Congresso Nacional. Uma fonte ligada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou que ele recebeu um telefonema do ministro Alexandre de Moraes, informando sobre a operação. A Polícia Legislativa do Senado e a Advocacia da Casa acompanharam a busca, a pedido de Pacheco.

A PF chegou ao Senado por volta das 15h e que as portas das salas de Marcos do Val e de sua chefe de gabinete estavam trancadas. Foi necessário chamar um chaveiro para abri-las, o que levou quase uma hora. Segundo o agente da polícia do Senado, a PF optou por não arrombar a porta do gabinete. Os agentes da Polícia Federal deixaram o local às 17h43, carregando um malote com os itens apreendidos.

Um funcionário do gabinete de Marcos do Val explicou que a atuação da PF foi pacífica. Como a área da busca foi isolada pela PF, os servidores não puderam acompanhar a ação nem ver que tipo de material estava sendo confiscado. A defesa do senador estava em seu apartamento funcional, de acordo com o funcionário. No gabinete, apenas os advogados do Senado acompanharam as diligências.

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