Por ordem de Alexandre de Moraes Polícia Federal transfere Filipe Martins para presídio da Lava Jato
Martins estava preso na Superintendência da PF em Curitiba desde 8 de fevereiro. Agora, está no Complexo Médico Penal, em Pinhais (PR)
A Polícia Federal transferiu Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, da Superintendência da PF em Curitiba para o Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, no Paraná, conhecido como presídio da Lava Jato. Martins está sob investigação por suposto envolvimento, junto com Bolsonaro e aliados, em articulações para um golpe de Estado visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
Os advogados de Martins apresentaram um recurso buscando sua liberdade, argumentando que a prisão preventiva deve persistir apenas em casos excepcionais nos quais a liberdade representa um risco. A defesa alega que não há evidências de que a liberdade de Martins represente uma ameaça.
Em seu depoimento à PF, Martins se recusou a responder perguntas, alegando que sua defesa não teve acesso à delação do tenente-coronel Mauro Cid, que embasou a decisão de sua prisão. Ele negou participação em reuniões sobre o golpe e na redação de uma minuta que previa o cancelamento das eleições e a prisão de autoridades.
A Polícia Federal alega que Martins participou da redação dessa minuta, que incluía a prisão de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco. O ex-assessor também é acusado de estar em reuniões no Palácio do Planalto e da Alvorada para discutir o suposto golpe.