Presidente do PCO diz que Bolsonaro sofre perseguição política
Em uma entrevista à revista Veja, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, levantou preocupações sobre o que ele descreve como perseguição política e jurídica contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e os manifestantes do dia 8 de janeiro. Ele abordou questões controversas, incluindo sua opinião sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a perspectiva de alguns grupos radicais de direita de fechá-lo. Rui Costa Pimenta enfatizou que não endossa um golpe para encerrar o STF, mas questionou a necessidade da existência do tribunal, argumentando que o Congresso Nacional deveria ser o órgão principal para legislar e fazer alterações nas leis, não o STF.
Ao ser questionado sobre os inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes para investigar Jair Bolsonaro, Rui Costa Pimenta afirmou que essas ações têm motivações políticas. Ele fez uma comparação com os Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump enfrenta vários processos políticos e, mesmo assim, mantém e amplia sua popularidade. O líder comunista classificou o episódio de 8 de janeiro, em que Bolsonaro e seus apoiadores protestaram, como uma “confusão” e considerou a perseguição judicial contra esses indivíduos como exagerada.
Rui Costa Pimenta também criticou a decisão que tornou Bolsonaro inelegível, alegando que foi uma decisão irregular. Ele defendeu que o presidente tinha o direito de convocar uma coletiva de imprensa com embaixadores antes da eleição, onde expressou suas opiniões políticas, e que isso não deveria ser considerado como um crime, mas sim como um debate político legítimo.