Procuradora-Geral da República
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) emitiu uma declaração nesta sexta-feira (15/12) em resposta ao parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Paraná, que solicita a cassação de seu mandato. A ação foi movida pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), referente às eleições de 2022, e a procuradoria apontou indícios de abuso do poder econômico durante a campanha que o elegeu ex-juiz paranaense.
Moro expressou discordância em relação ao parecer, especialmente no que diz respeito à consideração de gastos fora do Paraná e despesas relacionadas à segurança como despesas pré-eleitorais. Ele ressaltou que já reduziu os valores inicialmente alegados pelo PT e pelo Podemos e afirmou que continuará a diminuir esses montantes durante o processo perante os juízes do TRE, buscando a improcedência da ação.
Na manifestação da PRE do Paraná, assinada pelos procuradores regionais Eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, a procuradoria argumenta que a lisura e a legitimidade do pleito de 2022 foram comprometidas pelo uso excessivo de recursos financeiros no período anterior à campanha eleitoral. Moro foi eleito senador pelo União Brasil com 1,9 milhão de votos, tendo como suplentes o advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Augusto Guerra, principal financiador da campanha de Moro e sobrinho do ex-ministro da Saúde no governo Fernando Collor, Alceny Guerra.
Os procuradores destacam a responsabilidade direta de Sergio Moro e Luis Felipe Cunha nas viagens, eventos e demais atos de pré-campanha, ressaltando que, mesmo sendo apenas Moro o pré-candidato destacado, Cunha o acompanhou em toda a trajetória política, inclusive como advogado.