Rejeitadas pelo governo Lula, escolas cívico militares resistem no país Os estados com mais identificação com o bolsonarismo

Rejeitadas pelo governo Lula, escolas cívico militares resistem no país Os estados com mais identificação com o bolsonarismo


Após a determinação do governo Lula de encerrar o Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado durante o governo de Jair Bolsonaro, a maioria dos estados reagiu à decisão adotando medidas que, na prática, contradizem essa determinação. No total, 19 governadores afirmaram que vão estadualizar as escolas cívico-militares para garantir a continuidade desse modelo educacional.

Além da mudança na administração das escolas anunciada pelos governadores, a medida do Ministério da Educação (MEC) não afeta diversas outras escolas do mesmo modelo que já fazem parte de programas estaduais.

A região Nordeste é a única onde o programa não irá avançar sob a administração dos estados, a maioria dos quais é governada por aliados declarados do Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo com um relatório do MEC publicado em dezembro do ano passado sobre o Pecim, o programa contribuiu para a redução da evasão escolar, a diminuição da violência no ambiente escolar e o aumento da aprovação dos alunos.

A decisão de cada estado por região é a seguinte:

Sudeste:

  • Os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo anunciaram a intenção de manter as escolas cívico-militares.

Norte:

  • Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Pará e Tocantins afirmaram a continuidade do modelo, enquanto o Amapá ainda está definindo estratégias.

Nordeste:

  • Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia não aderiram ao programa do governo federal, mas deram autonomia aos municípios para decidirem. Maranhão e Sergipe sinalizaram pela continuidade do modelo.

Centro-Oeste:

  • Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal decidiram prosseguir com o programa.

Sul:

  • Todos os estados da região Sul anunciaram a continuidade do programa.

Essas decisões foram tomadas em meio a debates sobre a eficácia das escolas cívico-militares e como elas impactam a qualidade da educação e o ambiente escolar.

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