Reunião com Lula sobre combustíveis teve discussão de ministros e presidente da Petrobras

Reunião com Lula sobre combustíveis teve discussão de ministros e presidente da Petrobras


Na terça-feira (21), Lula e alguns ministros se reuniram com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir a evolução dos preços dos combustíveis. A reunião será retomada na quarta-feira para uma apresentação sobre a dificuldade de repassar ao consumidor toda a queda no preço do petróleo e no valor do dólar, devido às perdas acumuladas pela Petrobras durante períodos de alta desses indicadores.

Apesar do presidente da Petrobras ter afirmado que o assunto não foi discutido, os combustíveis foram o centro de embates entre ele e os ministros de Minas e Energia e da Casa Civil. Lula, principalmente, observou mais do que opinou durante as discussões.

Os ministros pressionaram Prates a explicar por que a Petrobras não reduz os preços dos combustíveis. Eles também queriam a aprovação de investimentos em fertilizantes e em um projeto de produção de óleo e gás em Sergipe, que ainda estão em estudo no plano estratégico da empresa.

Lula tem instado Prates a acelerar o projeto de encomenda de plataformas para estimular a construção de estaleiros no Brasil. Entre os presentes, apenas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concorda com Prates sobre a questão dos repasses de preços.

Na reunião, Haddad mencionou que no início do ano seguinte buscaria indicar um conselheiro para a Petrobras, desagradando o ministro das Minas e Energia. A disputa pública entre o presidente da Petrobras e o ministro começou quando este último afirmou que era hora de pressionar Prates a baixar os preços.

O conflito aumentou nos bastidores durante o final de semana, com articulações para encontrar possíveis substitutos a Prates e tentativas de atrair o apoio dos conselheiros minoritários. A reunião, inicialmente destinada ao plano estratégico da Petrobras, acabou abordando a questão dos combustíveis. O ministro das Minas e Energia apresentou cálculos indicando a possibilidade de redução nos preços dos combustíveis, enquanto Prates contesta esses números e planeja uma apresentação com dados de preços ao longo do ano. O desfecho da situação permanece incerto.

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