Rio de Janeiro: Mulher morta em tiroteio no Rio de Janeiro deixa bebê de 7 meses

Rio de Janeiro: Mulher morta em tiroteio no Rio de Janeiro deixa bebê de 7 meses

Deborah Vilas Boas Piras da Silva, de 27 anos, tinha acabado de tomar café e estava a caminho do trabalho

Duas pessoas foram mortas na manhã desta terça-feira (18/6) após uma troca de tiros entre criminosos e policiais durante uma tentativa de assalto na Linha Amarela, no Rio de Janeiro. Uma das vítimas, Deborah Vilas Boas Piras da Silva, de 27 anos, deixa uma bebê de apenas sete meses.

Deborah estava em um ponto de ônibus quando os criminosos tentaram roubar uma moto e foram interceptados por policiais do 22° Batalhão de Polícia Militar. Os bandidos iniciaram um tiroteio contra os PMs, atingindo Deborah na testa enquanto ela estava a caminho do trabalho, após tomar café da manhã.

A outra vítima foi José Carlos Miranda, de 64 anos, que estava dentro de um ônibus da linha 315 (Central do Brasil x Recreio) e morreu no local. Uma terceira pessoa ficou ferida e foi socorrida por uma equipe da Linha Amarela S/A (Lamsa) e levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. O estado de saúde dessa pessoa ainda é desconhecido. Um dos criminosos também foi ferido e os policiais apreenderam duas pistolas.

Nas redes sociais, Deborah compartilhava fotos da gravidez e das comemorações dos meses da filha. Em sua última publicação, ela demonstrava alegria ao celebrar os sete meses da bebê. “Amamos poder acompanhar tudo isso. Te amamos muito, meu amor”, escreveu.

Deborah trabalhava como faturista na área da saúde em uma empresa na Barra da Tijuca e acordava por volta das 3h para se preparar para o trabalho. O incidente ocorreu pouco antes das 6h.

Familiares da vítima foram ao Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo. Waldir Souza, tio do marido de Deborah, lamentou a violência no Rio de Janeiro. “Uma menina amorosa, 27 anos, com uma filha de sete meses, saindo de casa para trabalhar, e de repente um tiroteio no meio da rua. A gente não pode mais andar no Rio de Janeiro, a gente sai e não sabe se vai voltar. Outra coisa é que eu estava no local, a perícia chegou depois e o corpo não estava lá, por que recolheram o corpo antes da perícia chegar?”, questionou.

Nas redes sociais, Deborah documentou toda a sua gestação, o nascimento da filha e seu crescimento. No dia 13 de junho, quando a filha completou sete meses, a comemoração foi com um tema de festa junina. “Cada mês uma descoberta, agora você bate palma, já fica em pé sozinha, se der confiança você ainda dança. Cada salto é uma descoberta e leva seus pais à loucura, mas estamos amando cada fase sua. Te amamos muito, meu amor”, escreveu em uma postagem.

O enterro de Deborah ainda não foi definido.

Durante o confronto, além de Deborah, José Carlos da Silva Miranda, um passageiro de um ônibus da linha 315, foi baleado e morreu. A terceira pessoa ferida foi encaminhada ao Hospital Salgado Filho, no Méier, e seu estado de saúde ainda não foi informado.

Enquanto as vítimas da tentativa de assalto, um casal de amigos, apesar do susto, não ficou ferido e foi levado à 21ª DP (Bonsucesso) para prestar depoimento.

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