
Senador Magno Malta cobra justiça em caso de professor que abusou de 21 alunas no ES
Senador denuncia falhas no sistema e propõe CPI para combater crimes contra crianças
O senador Magno Malta (PL-ES) esteve nesta segunda-feira (25) na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Vitória, Espírito Santo, para discutir o caso de um professor acusado de abusar sexualmente de 21 meninas em escolas da Grande Vitória. Durante a reunião com a delegada Thaís Silva da Cruz e outros integrantes da DPCA, Malta destacou a urgência em formalizar a denúncia contra o suspeito e garantir sua punição exemplar.
O parlamentar elogiou a atuação de uma escola de Cariacica, que orientou as famílias das vítimas a procurarem a polícia. Para Malta, esse tipo de atitude deveria ser padrão em instituições de ensino.
“Essa escola fez o que muitas deveriam fazer. Não adianta esperar que entidades ineficazes tomem providências. A polícia é o caminho mais direto para buscar justiça,” afirmou.
Além disso, Malta criticou o funcionamento do Disque 100, canal de denúncias de violações de direitos humanos, apontando falhas na atuação do serviço.
“As denúncias passam por terceirizados e dependem da boa vontade do promotor local. Não dá para confiar apenas nesse sistema. É fundamental que os pais procurem a delegacia mais próxima,” alertou.
Estrutura precária e plano de ação nacional
Outro tema abordado foi a falta de recursos nas delegacias especializadas no estado. Com apenas uma unidade para atender quatro grandes cidades — Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica — a sobrecarga de trabalho é evidente.
“Temos poucos policiais, delegados e psicólogos para atender casos tão graves. Esse cenário precário precisa mudar com urgência,” pontuou o senador.
Malta também anunciou que protocolou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes sexuais contra crianças e adolescentes no Brasil. Ele defendeu mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente para incentivar um papel mais ativo das escolas na prevenção e denúncia de abusos.
“A experiência do Espírito Santo servirá como base para a CPI. Precisamos de um sistema que proteja as crianças e as famílias de forma efetiva,” destacou.
Ao final, o senador reafirmou seu compromisso com a proteção da infância, prometendo lutar por justiça e melhorias no sistema de proteção às crianças.
“Casos como esse não podem continuar sem uma resposta contundente. Nosso dever é proteger os mais vulneráveis,” concluiu.
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