
Soldado Israelense Rompe o Silêncio Sobre Acusações no Brasil
Yuval Vagdani Afirma que Não Retornará ao País Após Denúncias
O soldado israelense Yuval Vagdani, acusado de crimes de guerra pela Justiça brasileira, quebrou o silêncio nesta quarta-feira (8/1) após retornar a Israel. Em entrevista à emissora estatal Kan, ele confirmou que foi alertado pela embaixada israelense no Brasil sobre a possibilidade de uma investigação e declarou que não tem planos de voltar ao país.
Declarações Após Alerta Diplomático
Vagdani relatou ter sido surpreendido pela situação: “Acordei de manhã, abri o telefone e, de repente, vi oito chamadas”, disse, referindo-se aos alertas recebidos da chancelaria israelense em Brasília e de familiares.
O soldado chegou ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, depois de deixar o Brasil e buscar abrigo temporário na Argentina. “Não voltarei ao Brasil novamente”, afirmou à imprensa local.
Acusações e Investigação
Vagdani é acusado pela Fundação Hind Rajab (HRF) de participar da destruição de um bairro na Faixa de Gaza, em uma ação supostamente fora de combate e com impactos indiscriminados na população civil. O caso foi denunciado às autoridades brasileiras, que chegaram a solicitar à Polícia Federal a abertura de um inquérito. Contudo, a PF optou por não dar continuidade à investigação, recomendando uma reavaliação judicial.
Contexto e Repercussão
Vagdani é identificado pela mídia israelense como um dos sobreviventes do ataque terrorista do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023. O caso gerou ampla repercussão, com organizações de direitos humanos e governos acompanhando o desenrolar das acusações.
A decisão de não prosseguir com o inquérito no Brasil foi recebida com críticas e questionamentos por grupos envolvidos na denúncia, enquanto o soldado reafirma sua inocência e o desejo de permanecer em Israel.