STF: Moraes deve participar do 7/9 com Lula antes de ser alvo de protesto na Paulista
Ah, o 7 de Setembro promete ser um dia de contrastes dramáticos, como um palco montado para um espetáculo de vaudeville político. Alexandre de Moraes, ministro do STF, está escalado para participar do desfile cívico-militar ao lado do presidente Lula em Brasília. Um convite que parece mais uma armadilha do que um gesto de cortesia, se levarmos em conta que, no mesmo dia, Moraes será alvo de uma avalanche de protestos na Avenida Paulista.
A intenção é clara: enquanto Moraes exibe seu uniforme de gala em Brasília, manifestantes paulistanos estarão em plena ebulição, exigindo seu impeachment com cartazes que gritam “Fora, Moraes!” como se fossem a última esperança de um grito de guerra. E, claro, a presença de Bolsonaro no protesto não faz mais do que adicionar um tempero explosivo ao déjà vu.
O governo Lula, em uma jogada aparentemente desastrada, tentava incluir grupos como o MST e o MTST no desfile para homenageá-los pela sua contribuição na reconstrução do Rio Grande do Sul. No entanto, a ideia foi como um prato que não saiu bem do forno; gerou tanto desconforto entre os militares organizadores do evento que acabou sendo retirada. Em vez disso, o desfile terá três eixos temáticos que lembram uma lista de supermercado: G20, vacinação e um tributo aos militares e bombeiros.
Enquanto isso, o ministro da Defesa, José Múcio, se esforça para garantir que todos os ministros do STF estejam presentes, tentando transformar o desfile em uma espécie de reunião de condomínio obrigatória para a alta cúpula da Justiça.
Se a ideia era criar um clima de unidade e celebração nacional, o que se vê é um emaranhado de interesses conflitantes e um desfile que pode se transformar em um circo onde a política é o principal palhaço. O 7 de Setembro, com sua promessa de festas e protestos, mais parece um episódio de uma série dramática onde a comédia e a tragédia se encontram em um mesmo palco, e o público, nós, ficamos apenas aguardando o próximo ato.