Trump acusa China de quebrar trégua comercial e ameaça nova guerra tarifária

Trump acusa China de quebrar trégua comercial e ameaça nova guerra tarifária

Presidente americano reclama que Pequim não está cumprindo acordo temporário, enquanto tensão entre as duas potências aumenta e negociações ficam estagnadas

Nesta sexta-feira, 30 de maio de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou dúvidas sobre a estabilidade da trégua comercial firmada recentemente com a China. Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que Pequim teria rompido o acordo negociado para reduzir temporariamente as tarifas impostas mutuamente, sugerindo que a disputa pode se intensificar novamente.

Durante o dia, a declaração do presidente repercutiu nas bolsas, fazendo com que os mercados reagissem com queda leve. O cenário econômico global, já abalado pela guerra tarifária entre as duas maiores potências econômicas do mundo, volta a ficar em alerta com o risco de um novo confronto comercial.

O acordo, negociado em maio na Suíça por representantes dos dois países, previa uma redução temporária das taxas sobre importações, com a promessa de manter negociações para um pacto mais amplo. Mas, segundo Trump e seus representantes, a China estaria atrasando ou impedindo o cumprimento de pontos essenciais, como o relaxamento das restrições sobre minerais estratégicos e exportações.

O representante comercial americano, Jamieson Greer, comentou que os Estados Unidos ainda não viram os avanços esperados: “Não estamos observando o fluxo dos minerais essenciais conforme combinado, o que é inaceitável e precisa ser resolvido”. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também admitiu que as negociações “estagnaram” e que uma conversa direta entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping será necessária nas próximas semanas.

Enquanto isso, o governo americano aumentou a pressão em outras frentes, anunciando o endurecimento na concessão de vistos para estudantes chineses ligados ao Partido Comunista e suspendendo a venda de tecnologias sensíveis para Pequim, como semicondutores e componentes para motores a jato.

Apesar do momento delicado, um tribunal federal norte-americano questionou a legalidade de várias tarifas impostas por Trump, o que pode limitar o poder do presidente de usar essas medidas como instrumento de pressão comercial. Ainda assim, um recurso restabeleceu temporariamente esse poder.

Dados recentes mostram que as tarifas já tiveram impacto significativo: as importações de produtos chineses caíram quase 20% em abril, a maior queda mensal registrada, e o déficit comercial entre os dois países foi reduzido quase pela metade.

Com a situação atual, as perspectivas para um acordo definitivo entre EUA e China ficam cada vez mais incertas, deixando empresários, investidores e mercados mundiais atentos a cada movimento dos dois gigantes.

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