Um mapa revela uma “mancha vermelha” das queimadas no Brasil

Um mapa revela uma “mancha vermelha” das queimadas no Brasil

A quantidade de queimadas no país cresceu 91% em relação ao ano anterior.

É revoltante ver como a natureza e a saúde das pessoas estão sendo devastadas por um cenário de queimadas descontroladas no Brasil. No último sábado (28), o observatório climático Copernicus, da União Europeia, detectou uma “mancha vermelha” sobre o Brasil, um indicativo gritante da poluição atmosférica causada pelo fogo que consome nossas florestas. Essa mancha, que parece uma ferida aberta no mapa, simboliza a destruição que avança sobre a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, regiões que ardem sem trégua há meses.

Os números são alarmantes: em 2024, o Brasil registrou um aumento de 91% nas queimadas em comparação ao ano anterior. É uma subida assustadora, de 108.546 focos em 2023 para 207.484 este ano. E os estados mais afetados, como Mato Grosso e Pará, estão sendo sufocados pela fumaça e pelas chamas. Mato Grosso sozinho, com mais de 45 mil focos, parece que foi lançado numa fornalha.

Essa poluição não só destrói o meio ambiente, mas também envenena o ar que respiramos. A qualidade do ar em várias cidades do país, monitorada pelo programa Copernicus e pela organização suíça IQAir, está se deteriorando a níveis preocupantes. São Paulo, por exemplo, atingiu a pior qualidade do ar no Brasil no dia 30 de setembro, ocupando o vergonhoso 12º lugar no ranking global. A fumaça tóxica afeta diretamente a saúde da população, enquanto no Acre, a capital Rio Branco chegou a um nível de poluição “muito insalubre”. A população não tem nem mesmo o direito básico de respirar um ar limpo!

Apesar de o governo federal alardear que está combatendo os incêndios, o que foi feito até agora é insuficiente diante da magnitude do problema. O boletim do Ministério do Meio Ambiente afirma que 931 incêndios foram combatidos, mas isso não basta quando se tem um país em chamas. Mesmo com milhares de profissionais e aeronaves em ação, é difícil acreditar que essa seja uma resposta à altura da crise.

Enquanto as florestas queimam e o país se sufoca em fumaça, resta à população mais vulnerável buscar abrigo dentro de suas próprias casas, fechar as janelas e torcer para que essa nuvem tóxica não entre. E o que vemos no horizonte? Mais destruição e descaso, com as autoridades reagindo de forma lenta e inadequada a uma catástrofe que afeta o clima, a biodiversidade e a saúde humana.

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