Venezuela inicia ação defensiva após Reino Unido enviar navio militar para Guiana

Venezuela inicia ação defensiva após Reino Unido enviar navio militar para Guiana


A Venezuela iniciou uma ação defensiva militar em resposta à chegada de um navio britânico à Guiana. Essa operação ocorre em meio à tensão entre os dois países, que disputam o território de Essequibo, rico em petróleo. O presidente Nicolás Maduro anunciou a ativação de uma ação conjunta da Força Armada Nacional Bolivariana sobre o Caribe Oriental da Venezuela, caracterizando-a como defensiva e em resposta à provocação do Reino Unido contra a paz e soberania do país.

A mobilização envolveu mais de 5.600 militares, e Maduro exigiu a retirada da embarcação “HMS Trent”, que estava no Caribe para participar de exercícios militares na ex-colônia britânica antes do final do ano. O governo venezuelano rejeitou categoricamente a chegada do navio, considerando-a um ato hostil.

Em resposta, a Guiana negou planos de uma ação ofensiva contra a Venezuela, caracterizando as medidas como parte da construção da capacidade defensiva planejada há muito tempo. O vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, afirmou que não têm intenção de invadir a Venezuela e destacou que as atividades do navio britânico são de rotina, programadas para menos de uma semana de exercícios de defesa em mar aberto, sem atracar em Georgetown.

Durante a ação defensiva venezuelana, participaram caças F-16 e Sukhoi russos, além de embarcações, navios-patrulha, lanchas armadas com mísseis e veículos anfíbios. Os exercícios foram realizados a partir do estado de Sucre, próximo a Trinidade e Tobago, nas proximidades das águas disputadas com a Guiana. A disputa territorial entre os países intensificou-se em dezembro após um referendo de Maduro que permitiria a anexação de Essequibo, região rica em recursos naturais atualmente sob controle da Guiana.

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