🌍 Mundo em Chamas

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“O silêncio do mundo só fortalece Putin”, dispara Zelensky após Rússia fazer o maior ataque aéreo da guerra

Bombardeio em massa deixou ao menos 12 mortos e dezenas de feridos. Mesmo após a maior troca de prisioneiros desde 2022, o Kremlin intensifica a violência. Trump reagiu, mas só no fim do dia.

A madrugada na Ucrânia virou um pesadelo. Explosões, sirenes e destruição tomaram conta do país quando a Rússia lançou o maior bombardeio aéreo desde o início da guerra. Foram 367 armas — 298 drones e 69 mísseis — disparados contra 22 cidades ucranianas, matando pelo menos 12 pessoas, entre elas três crianças, e deixando dezenas de feridos.

Indignado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, usou as redes sociais para cobrar uma reação mais firme dos Estados Unidos e da comunidade internacional, principalmente após a postura mais branda adotada pelo governo Trump desde que assumiu a Casa Branca.

“Enquanto o mundo descansa no fim de semana, aqui seguimos contando os mortos. O silêncio dos EUA e de outros países só encoraja Putin. Sem pressão real, essa brutalidade não vai parar”, escreveu Zelensky no Telegram.

A tensão explodiu horas depois de um raro gesto de cooperação entre Moscou e Kiev: a maior troca de prisioneiros desde 2022, com 307 soldados de cada lado sendo libertados. Mesmo assim, o Kremlin ignorou qualquer sinal de trégua e voltou a atacar com ainda mais força.

🔥 Drones, mísseis e devastação por toda parte

Imagens divulgadas pelos serviços de emergência da Ucrânia revelam cenas desoladoras. Na cidade de Mykolaiv, o que restou de um prédio residencial foi um amontoado de vigas quebradas, parecendo costelas expostas no meio dos escombros.

Em Zhytomyr, socorristas retiravam dos destroços os corpos de três crianças. Na região de Kiev, ruas inteiras foram consumidas pelas chamas, com casas destruídas e entulho cobrindo as calçadas.

O ministro do Interior, Ihor Klymenko, confirmou que 13 regiões foram atacadas, mais de 80 prédios residenciais foram danificados e mais de 60 pessoas ficaram feridas.

Apesar da gravidade, Donald Trump, atual presidente dos EUA, reagiu apenas no fim do dia:

“Não estou feliz com o que Putin está fazendo. Conheço ele há muito tempo, sempre me dei bem com ele, mas ele está matando muita gente. Não gosto nada disso”, disse, já na pista do aeroporto antes de embarcar.

🚨 Guerra sem freio e escalada mortal

Se havia alguma esperança de que as negociações de cessar-fogo conduzidas por Trump pudessem reduzir os ataques, ela se esvaiu. A ONU confirmou que o número de civis mortos tem crescido mês após mês desde fevereiro, chegando a 209 só em abril — um dos piores índices em dois anos.

A Rússia tem intensificado os bombardeios em áreas urbanas, mirando, sem pudor, centros civis. Só no mês passado, um ataque perto de um parquinho infantil e outro em uma área comercial lotada matou 53 civis, incluindo várias crianças.

O ciclo de violência não para. Ambos os lados investiram pesado na produção de drones, e hoje são capazes de lançar centenas deles numa única noite — algo impensável no início do conflito.

Na linha de frente, poucos em Kiev acreditam que Putin queira de fato encerrar a guerra. As tropas russas seguem avançando no leste, tentando cortar importantes rotas logísticas dos ucranianos. E, nas negociações recentes na Turquia, o recado de Moscou foi claro: só aceitam cessar-fogo se a Ucrânia entregar os territórios ocupados — algo totalmente inaceitável para Kiev.

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