Atolado em dívidas, PT de SP adere a programa de recuperação fiscal
O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, ao qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quatro ministros estão filiados, enfrenta sérias dificuldades financeiras, com bloqueio judicial de fundo partidário e doações privadas. A situação de penúria levou o PT-SP a aderir a um programa de recuperação fiscal do governo para quitar dívidas com a União. A crise também atinge diretórios municipais, com alguns enfrentando ações de despejo devido à falta de pagamento de aluguel.
Em ações movidas por credores, o PT-SP alegou extrema penúria e falta de liquidez para saldar dívidas. A inadimplência resultou no bloqueio de contas bancárias de filiados, afetando até mesmo o ministro Alexandre Padilha, que teve sua conta bloqueada devido a despesas eleitorais não pagas pelo partido.
A crise financeira do diretório começou em 2018, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o PT-SP por não declarar R$ 1,7 milhão gastos em candidaturas na eleição de 2016. O bloqueio de parte do fundo partidário levou a uma situação em que os valores cobrados na Justiça superam o fundo disponível, levando os credores a exigirem a penhora de doações privadas.
O PT-SP também enfrenta dívidas de R$ 2,8 milhões com a União por não recolhimento de contribuições previdenciárias, levando-o a aderir ao programa de renegociação de dívidas tributárias do governo federal, o Refis.
Além disso, diretórios municipais do PT em várias cidades paulistas estão enfrentando problemas financeiros, incluindo ações de despejo, dívidas com aluguéis e pendências tributárias.
O PT-SP afirmou que cumpre as decisões da Justiça, e o PT nacional não se pronunciou sobre a dívida do diretório paulista.