Barroso Corrige Informações Sobre Gastos do Judiciário Após Apontamentos de Usuários

Barroso Corrige Informações Sobre Gastos do Judiciário Após Apontamentos de Usuários

Presidente do STF retifica discurso após correção sobre custos do Judiciário, esclarecendo a exclusão do Ministério Público e da Defensoria Pública.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez uma correção pública em sua fala desta quarta-feira (5/2), após receber críticas e correções sobre os números apresentados na abertura do ano judiciário. No discurso da última segunda-feira (3), Barroso havia defendido os gastos do Judiciário, incluindo o Ministério Público (MP) e a Defensoria Pública, com base em um relatório do Tesouro Nacional, que posteriormente foi questionado por dados apontados por usuários da rede social X.

De acordo com Barroso, o erro ocorreu ao incluir no cálculo os custos do MP e da Defensoria, que não estavam presentes nos dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O relatório “Justiça em Números 2024” do CNJ, presidido por Barroso, indicou que o valor de R$ 132,8 bilhões se referia apenas às despesas do Judiciário, sem considerar essas duas entidades.

O ministro reconheceu a imprecisão e retificou a informação durante a sessão, afirmando que “a correção foi feita para esclarecer a falha”. Ele também explicou que o Judiciário tem outros custos administrativos, como salários e benefícios de juízes, e que os tribunais estaduais possuem orçamentos próprios.

Além de corrigir o erro, Barroso se manifestou sobre as críticas aos altos salários de magistrados e “penduricalhos” que aumentam as remunerações, o que tem gerado polêmica em matérias recentes. Ele defendeu que qualquer pagamento fora da legalidade não tem respaldo no Supremo, ressaltando que abusos serão corrigidos pela Corregedoria Nacional de Justiça, que ele também preside.

Ao final, Barroso comentou sobre as críticas ao STF, reiterando que a Corte apenas aplica a Constituição, mesmo quando suas decisões desagradam setores da sociedade. Ele afirmou que, apesar da “obsessão negativa” de alguns críticos, o Judiciário segue com serenidade e compromisso com a verdade dos fatos, fazendo correções quando necessário.

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