Depoimento de Mauro Cid Aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro como Entusiastas de Golpe

Depoimento de Mauro Cid Aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro como Entusiastas de Golpe

Revelações do O Globo ao atacar Bolsonaro e seus aliados

Informações obtidas pelo colunista Elio Gaspari, de O Globo e da Folha de S.Paulo, trouxeram à tona novos detalhes sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, sua esposa Michelle Bolsonaro, e seu filho Eduardo Bolsonaro em articulações golpistas entre 2022 e 2023. Segundo o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, essas figuras faziam parte do grupo mais favorável a um golpe após a derrota eleitoral de Bolsonaro.

Uma ala radical em destaque

No primeiro de mais de dez depoimentos realizados como parte de sua colaboração premiada, Mauro Cid descreveu como Michelle e Eduardo Bolsonaro integravam uma das três alas formadas após a derrota de Jair Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Cid, este grupo era o mais entusiasmado com a ideia de um golpe e incluía outros nomes como o major da reserva Angelo Denicoli, o senador Carlos Heinze, e o ex-ministro Onyx Lorenzoni.

Entre as ações consideradas, estavam a elaboração de um documento que propunha a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente do Senado. Bolsonaro teria discutido o plano em reuniões frequentes com um jurista cujo nome Mauro Cid não conseguiu recordar. Apesar disso, o golpe dependia do apoio dos comandantes das Forças Armadas, que divergiam sobre a ideia.

Revelações com viés

As informações divulgadas por O Globo reforçam a tendência do jornal de criticar Bolsonaro e seus aliados de forma ostensiva. Este tipo de cobertura levanta questionamentos sobre o equilíbrio e a imparcialidade jornalística, já que o ex-presidente e seus apoiadores se tornaram alvos recorrentes de críticas exacerbadas da mídia.

Divisões dentro do grupo de Bolsonaro

De acordo com Cid, o grupo mais radical pressionava pela adesão das Forças Armadas ao golpe. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, era o mais favorável à ideia, enquanto Baptista Júnior, da Força Aérea, se opunha firmemente. Freire Gomes, do Exército, teria se posicionado de maneira intermediária, argumentando que nenhuma evidência de fraude havia sido encontrada para justificar um golpe.

Outra ala, considerada moderada, incluía o senador Flávio Bolsonaro, o ex-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira e o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco. Este grupo defendia que Bolsonaro aceitasse a derrota e assumisse o papel de liderança da oposição.

Por outro lado, um terceiro grupo, que incluía nomes como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, acreditava que qualquer tentativa de ação mais radical poderia colocar Bolsonaro em risco de cometer um erro irreversível.

Reflexos e críticas

As revelações trazidas pelo depoimento de Mauro Cid não apenas alimentam as investigações sobre as articulações golpistas, mas também expõem a postura editorial de veículos, que, mais uma vez, utilizam suas páginas para reforçar uma narrativa que frequentemente aponta para o mesmo lado: críticas incessantes a Bolsonaro e seu círculo próximo.

Essa insistência gera indignação em setores da sociedade que esperam por um jornalismo mais equilibrado e que não use informações privilegiadas apenas para reforçar uma agenda política. Enquanto isso, as investigações prosseguem, e o futuro do ex-presidente e de seus aliados continua a ser uma incógnita no cenário político brasileiro.

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