Filha De 16 Anos Do Jornalista Oswaldo Eustáquio Passa Por Revista Íntima Da PF Mesmo Sendo Menor De Idade

Filha De 16 Anos Do Jornalista Oswaldo Eustáquio Passa Por Revista Íntima Da PF Mesmo Sendo Menor De Idade

A filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, de 16 anos, relatou ter sido apalpada no órgão genital durante uma revista íntima realizada pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (14), em Brasília (DF). A operação de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo Mariana Volf Pedro Eustáquio, a revista ocorreu após 9 policiais não conseguirem localizar o celular dela na residência em que vive com a mãe, no Lago Sul.

A equipe de advogados da família de Eustáquio apresentou uma representação na Corregedoria da PF, pedindo a apuração de supostos abusos cometidos durante o procedimento.

A Polícia Federal, por sua vez, afirmou que a ação foi conduzida dentro dos limites da legalidade e em conformidade com o Código de Processo Penal (CPP).

Os policiais chegaram à casa por volta das 8h e, após não encontrarem o celular da adolescente, a questionaram sobre o paradeiro do aparelho.

A jovem de 16 anos alegou não se lembrar onde o havia deixado. Com a busca se estendendo até as 13h e ainda sem localizar o telefone, os delegados da PF informaram que fariam a revista tanto na filha de Eustáquio quanto na esposa do jornalista, Sandra Mara Eustáquio.

A revista foi conduzida pela única delegada mulher da PF presente na operação. De acordo com os advogados da família Eustáquio, que acompanharam a ação da PF, a adolescente de 16 anos teria se assustado e reagido quando foi tocada na região genital, por cima da calça.

Na representação enviada à corregedoria da Polícia Federal, os familiares de Eustáquio reclamam do procedimento adotado: “De forma desproporcional, a busca contra uma mulher e uma adolescente foi realizada por 9 (nove) policiais federais, o que não é comum nesses casos, uma vez que a família já passou por sete buscas desde 2020 até a última quarta-feira”.

“Além da ausência de informações, Sandra e a filha foram coagidas a entregar o passaporte, sob ameaça de cumprimento de imediata prisão preventiva [de Sandra], fato diferente do que diz o mandado entregue depois aos advogados da família”, continuaram os defensores da família Eustáquio.

“Diante de tantos abusos ocorridos na ação da Polícia Federal, nosso objetivo com esse documento é solicitar que esta douta corregedoria investigue os nove policiais que participaram da busca por dois motivos: a quantidade desproporcional de policiais na ação com objetivo claro de coação, e a desnecessária revista íntima realizada na jornalista Sandra Eustáquio e em sua filha de 16 anos, inclusive tocando na genitália da jovem”, completou.

O documento é assinado pelos advogados Ricardo Freire Vasconcellos, Taniéli Telles de Camargo e Luiz Felipe Cunha.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que a operação ocorreu dentro da legalidade e respeitou o Código de Processo Penal:

“A revista pessoal foi realizada em decorrência da existência de ordem judicial de busca pessoal em face da menor, uma vez que o celular pertencente a ela possui elementos imprescindíveis à apuração do crime de corrupção de menores do qual há indícios de que ela é vítima, inclusive em face dos próprios responsáveis legais.

A revista pessoal realizada balizou-se no que dispõe o art. 240, §2º c/c art. 249 do Código de Processo Penal, os quais não fazem restrição à busca pessoal em menor de idade, excetuando-se que a busca em mulher seja realizada PREFERENCIALMENTE por policial feminina, o que efetivamente ocorreu.

A revista realizada ocorreu de forma superficial, sem exposição ou utilização de qualquer técnica invasiva. Acrescenta-se que a diligência foi realizada de forma reservada, na presença da mãe, da advogada e do Conselho Tutelar”.

No fim das contas, o celular não foi encontrado pela Polícia Federal (PF), mesmo após a revista. Com mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes, o jornalista Oswaldo Eustáquio está foragido na Espanha. De acordo com a PF, ele usou a “condição de menoridade [da filha] para ocultar sua verdadeira autoria” em postagens nas redes sociais. ( Gazeta Brasil )

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags