Gleisi Hoffmann processa Gustavo Gayer por ofensas misóginas e exige indenização

Ministra pede que deputado seja punido por difamação e injúria, com pagamento de R$ 30 mil por danos morais

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, tomou uma atitude firme nesta quinta-feira (20), acionando o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) após declarações machistas feitas por ele. A ministra pede a condenação de Gayer por difamação e injúria, além de uma indenização de R$ 30 mil por danos morais. O caso ainda está sem relatoria definida.

No dia 12 de março, durante uma sessão na Câmara dos Deputados, Gayer fez comparações extremamente desrespeitosas ao comparar Gleisi a uma garota de programa e insinuando que ela teria sido oferecida como um “objeto sexual” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado se referia a uma fala do presidente, onde ele afirmou que a presença de uma “mulher bonita” no governo era uma estratégia para melhorar a articulação política com o Congresso.

O parlamentar também fez postagens em suas redes sociais, incluindo no X (antigo Twitter), onde continuou a proferir comentários humilhantes. Em uma dessas postagens, Gayer sugeriu que Gleisi, seu namorado Lindbergh Farias (PT-RJ) e o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), poderiam formar um “trisal”. Para a defesa de Gleisi, as atitudes de Gayer visaram constranger e humilhar a ministra de forma explícita, e são um exemplo claro da violência política e psicológica contra mulheres, algo totalmente inaceitável.

A defesa de Gleisi afirmou que atitudes como as de Gayer não podem ser toleradas em um país que busca superar a violência contra as mulheres e garantir um ambiente político mais respeitoso e igualitário.

Até o momento, Gayer não se manifestou publicamente sobre a ação judicial.