
Justiça peruana condena ex-presidente Ollanta Humala a 15 anos de prisão por corrupção
Depois de mais de três anos de julgamentos, a Justiça do Peru decide pelo encarceramento do ex-líder por envolvimento em lavagem de dinheiro durante sua gestão
Ollanta Humala, que presidiu o Peru entre 2011 e 2016, foi condenado nesta terça-feira (15) a 15 anos de prisão por crimes de lavagem de dinheiro. A sentença representa o desfecho de um longo processo judicial que se estendeu por mais de três anos.
O ex-presidente de centro-esquerda foi acusado de receber repasses ilegais durante sua campanha eleitoral, em um caso que também envolve sua esposa, Nadine Heredia. O casal virou símbolo de um ciclo de escândalos políticos que marcaram o país nos últimos anos.
A decisão da Justiça peruana coloca Humala na lista dos ex-líderes latino-americanos que enfrentam as consequências legais de sua passagem pelo poder. A condenação, embora tardia, reforça a pressão sobre outros nomes influentes da política peruana investigados por corrupção.
O processo contra Humala é mais um capítulo da extensa crise institucional no Peru, país que vem alternando presidentes, escândalos e prisões com uma velocidade impressionante — quase como se o cargo de presidente viesse com passagem só de ida para os tribunais.