Maduro diz que pode chamar o povo para “outra revolução” se necessário
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, realizou uma coletiva de imprensa internacional nesta quarta-feira (31), onde declarou que, apesar de querer seguir o caminho constitucional, não hesitará em chamar o povo para uma “outra revolução” se for necessário, caso o “imperialismo americano ou os criminosos fascistas” o forçarem.
Maduro afirmou que deseja continuar com o legado traçado por Chávez, mas que “se o império quiser avançar com seu plano criminoso, defenderemos nossa pátria”. Ele comentou os protestos que ocorreram no país após os resultados das eleições de domingo (28), que o declararam vencedor para um terceiro mandato, resultado contestado pela oposição.
Questionando a necessidade de mais provas sobre os resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Eleitoral Nacional, Maduro ressaltou que seu partido está disposto a apresentar todas as contagens de votos e pediu ao Tribunal Superior que garanta a transparência de todos os partidos envolvidos. A oposição alega ter acesso a atas eleitorais suficientes para confirmar a vitória de Edmundo González.
Maduro também responsabilizou a imprensa internacional e os opositores pela violência no país, afirmando que “eles querem uma Guerra Civil na Venezuela outra vez”. Reiterou que estava presente para defender a verdade e que não teme “as mentiras” dos críticos, assegurando que “a Venezuela está em paz”.