Maduro ignora decisão da Corte de Haia e mantém referendo sobre Guiana

Maduro ignora decisão da Corte de Haia e mantém referendo sobre Guiana


Nicolás Maduro, líder venezuelano, desconsiderou uma decisão da Corte Internacional de Justiça, persistindo com a realização de um referendo no próximo domingo (3) para anexar uma porção da Guiana, um país vizinho também abundante em recursos petrolíferos. A região em questão, Essequibo, abrange 160 mil quilômetros quadrados e é objeto de disputa há mais de um século.

Localizada na fronteira entre Venezuela e Guiana, Essequibo representa 70% do território guianense, administrado por este último há quase seis décadas. Maduro convocou a população para participar do referendo, visando a incorporação de Essequibo à Venezuela, incluindo seus 125.000 habitantes e recursos naturais.

Apesar da decisão contrária da Corte Internacional de Justiça, proferida em Haia, na Holanda, na sexta-feira (1º), que afirmou que a Venezuela não pode proceder com a anexação, Maduro declarou que não acatará a sentença. A região é rica em gás natural, e recentemente foram descobertas grandes reservas de petróleo, estimadas em 11 bilhões de barris. Com as eleições iminentes, Maduro intensificou seus esforços para obter o território.

A possibilidade de um conflito preocupa as autoridades brasileiras, e o Itamaraty está em diálogo com ambos os países na busca de uma solução diplomática e pacífica. A área disputada faz fronteira com o Brasil, no estado de Roraima, e o Ministério da Defesa monitora a situação, reforçando a segurança na região.

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