Moraes usa casos de deputados com pedidos de arquivamento para manter réus do 8 de janeiro no STF

No dia 8 de janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizou exemplos de casos envolvendo deputados para justificar sua decisão de manter os processos dos réus sem foro privilegiado na Corte brasileira. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Moraes referiu-se a deputados investigados em seus votos, embora a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha solicitado o arquivamento dos inquéritos contra os deputados Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP) e André Fernandes (PL-CE) devido à falta de provas, entre maio e agosto do ano passado. Uma investigação sobre a conduta do cabo Gilberto Silva (PL-PB) também foi arquivada por Moraes. Vale destacar que nenhum dos parlamentares mencionados foi alvo de denúncias, e as solicitações de arquivamento aguardam despacho no gabinete do ministro, que é relator dos processos. No total, 30 pessoas já foram condenadas nas ações relacionadas ao 8 de janeiro, com penas variando de 3 anos de prisão em regime aberto a 17 anos em regime inicial fechado. Até o momento, foram apresentadas 1.354 denúncias pela Procuradoria-Geral da República.