Nunes e Derrite endurecem discurso sobre segurança de olho na sucessão de Tarcísio

Nunes e Derrite endurecem discurso sobre segurança de olho na sucessão de Tarcísio

Prefeito e secretário disputam protagonismo enquanto policiamento municipal ganha força

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), estão intensificando suas ações contra a criminalidade, mas com um objetivo que vai além da segurança pública: ambos tentam se posicionar como sucessores naturais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele decida disputar a Presidência em 2026.

Enquanto Nunes aposta na ampliação do sistema de reconhecimento facial “Smart Sampa”, no patrulhamento reforçado da GCM na Avenida Paulista e até na instalação de um “prisômetro” no centro da capital, Derrite foca na divulgação de estatísticas que mostram queda nos índices de criminalidade, buscando minimizar o impacto negativo da alta letalidade policial e dos escândalos de corrupção envolvendo forças de segurança do estado.

A disputa entre os dois ganhou novo contorno após a decisão do STF que autorizou guardas municipais a realizarem policiamento ostensivo, antes restrito à PM. Esse novo cenário fortalece prefeitos como Nunes, que agora pode expandir o monitoramento da cidade e oferecer o modelo para municípios vizinhos, o que foi visto como um movimento para ampliar sua influência na segurança pública, tradicionalmente comandada pelo estado.

Apesar da aparente convergência na pauta da segurança, a disputa pelo protagonismo causa desconforto entre aliados de ambos os lados. Parte da bancada da bala defende uma atuação conjunta para enfrentar o crime, enquanto setores ligados à Polícia Militar demonstram insatisfação com o avanço das guardas municipais no policiamento. O jogo político por trás da segurança pública já está em andamento – e os próximos capítulos dessa disputa prometem ser decisivos para 2026.

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