PM é demitido após trocar o plantão por camarote de Carnaval
Conhecido como “Demolidor”, policial foi afastado por abandonar serviço no Sambódromo e ainda é investigado por furto de orquídea no quartel
Um caso inusitado envolvendo um policial militar chamou a atenção em São Paulo: o soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, apelidado nas redes de “Demolidor”, foi expulso da corporação por abandonar seu posto durante o Carnaval de 2022 para curtir um camarote no Sambódromo do Anhembi.
A decisão partiu da Corregedoria da Polícia Militar, que apontou que o PM ficou cerca de 1h40 longe da função de policiamento preventivo, sem qualquer justificativa formal. Ele atuava no 18º Batalhão da PM, na zona norte da capital paulista, e teria sido flagrado tirando fotos e interagindo com convidados dentro do camarote.
De acordo com o relatório disciplinar, não havia nenhuma ocorrência que exigisse sua presença no local da festa, o que configurou abandono de função. Um segundo soldado também foi investigado por comportamento semelhante, mas acabou recebendo apenas uma punição administrativa.
A defesa de Coutinho protestou contra a demissão, afirmando que houve dois pesos e duas medidas na decisão. “O outro policial envolvido não foi afastado. Isso nos leva a crer que houve motivação política nos bastidores”, declarou o advogado do soldado.
Acusação de furto e alegação de perseguição
Além da demissão, o soldado ainda responde a uma acusação de furto de uma orquídea do jardim do 9º Batalhão da PM, onde também prestava serviço. A planta teria sido levada durante o expediente e escondida atrás de um extintor de incêndio no refeitório do quartel, conforme registros das câmeras de segurança. Coutinho, no entanto, nega tudo.
“Isso é perseguição pura. Desde que comecei a fazer tatuagens, sofro preconceito dentro da corporação. Essa história da orquídea é absurda. Nunca encontraram essa flor onde dizem que estava”, afirmou o ex-policial na época da acusação.
