Rui Costa rebate Temer e acusa ex-presidente de deturpar a realidade

Ministro reage às críticas sobre o IOF e diz que Lula trabalha pela dignidade dos brasileiros

O clima esquentou entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ex-presidente Michel Temer. Após Temer acusar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de não ter um projeto claro para o país, Rui não deixou barato e disparou: “Fiquei sem acreditar na capacidade dele de distorcer os fatos.”

A troca de farpas veio à tona durante o embate sobre a medida provisória que prevê o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Temer, que governou o Brasil de 2016 a 2018, comparou a gestão de Lula à sua própria, alegando que, no seu governo, havia um norte definido com o programa “Ponte para o Futuro”. Segundo ele, foi isso que garantiu, nas suas palavras, um governo que “deu razoavelmente certo”.

Rui Costa, por sua vez, não deixou barato. Nas redes sociais, ele respondeu afirmando que Lula pegou o país com as “gavetas vazias e sem projetos estruturantes”. E foi além: “Nosso governo tem um compromisso inegociável: cuidar das pessoas e tratar os brasileiros com dignidade. Reconstruímos e criamos mais de 70 programas nacionais”, ressaltou.

O ministro ainda trouxe dados para reforçar sua fala. Ele lembrou que o PIB cresceu 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024 — mais que o dobro dos números registrados no governo Temer, que foram de 1,3% e 1,8%, respectivamente.

Sem economizar nas críticas, Rui destacou que, além do crescimento econômico, o Brasil vive hoje um dos menores índices de pobreza extrema da história, ficando abaixo de 5% em 2023. Também frisou que o desemprego caiu, os investimentos aumentaram e que o equilíbrio das contas públicas tem sido prioridade: “Estamos reduzindo despesas em relação ao PIB e aumentando a arrecadação. Esses resultados comprovam que o país está num caminho de crescimento sólido e sustentável”, completou.

Enquanto isso, o impasse sobre o IOF segue sendo tema quente em Brasília, movimentando reuniões e articulações dentro e fora do Congresso.