
Suspensão do jantar entre Lula e STF enfraquece ataques de Bolsonaro à Corte
Decisão de Barroso de adiar encontro esvazia tentativa de associar encontro a conluio político
O adiamento do jantar entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente marcado para a próxima quarta-feira (19), enfraqueceu os ataques de Jair Bolsonaro e seus aliados contra a Corte. A decisão do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, de suspender o evento acabou anulando a estratégia de parlamentares próximos a Bolsonaro, que planejavam usar o encontro para sugerir uma possível trama contra o ex-presidente.
Com o jantar cancelado, ficou mais difícil para a oposição criar a narrativa de que o evento seria uma tentativa de articulação política contra Bolsonaro, especialmente no momento em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se prepara para apresentar uma denúncia relacionada à tentativa de golpe de Estado. A suspeita de conluio, que visava reforçar a imagem de Bolsonaro como “perseguido político”, perdeu força.
O próprio Barroso comunicou a decisão de suspender o evento aos demais ministros do STF, destacando que ainda não havia uma nova data definida. O jantar, originalmente marcado para dezembro, havia sido adiado após um acidente doméstico que o presidente Lula sofreu no Palácio da Alvorada. Agora, com a denúncia da PGR sobre os atos de Bolsonaro, será o STF quem decidirá se ele se tornará réu ou não, com o caso seguindo para análise na Primeira Turma do Tribunal.