Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro antes de depoimento no STF: “A verdade vai aparecer”

Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro antes de depoimento no STF: “A verdade vai aparecer”

Governador paulista afirma que ex-presidente está calmo e nega qualquer intenção de golpe; Bolsonaro presta depoimento nesta terça sobre tentativa de ruptura institucional

Horas antes do ex-presidente Jair Bolsonaro prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10/6), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez questão de sair em sua defesa. Segundo ele, Bolsonaro está tranquilo e confiante, e a “verdade vai aparecer”.

“Ele está sereno, vai falar a verdade. Eu acredito que a verdade vai vir à tona”, disse Tarcísio, ao conversar com jornalistas logo após participar da formatura de novos soldados da Polícia Militar em São Paulo.

“Nunca cogitou ruptura”, afirma Tarcísio

De acordo com o governador, que foi ministro da Infraestrutura durante o governo Bolsonaro e é apontado como um dos aliados mais próximos do ex-presidente, em nenhum momento houve qualquer menção a um plano de golpe.

“Conversei com ele diversas vezes entre novembro e dezembro de 2022. Em nenhuma dessas ocasiões Bolsonaro falou em ruptura institucional ou qualquer movimento contra a democracia. Estamos muito tranquilos quanto à inocência dele”, garantiu.

Tarcísio também comentou sobre um áudio apresentado por advogados da defesa, que, segundo ele, comprovaria que Bolsonaro jamais teve intenção de violar a Constituição.

Bolsonaro se prepara no Palácio dos Bandeirantes

O ex-presidente chegou a São Paulo no fim de semana e ficou hospedado no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador, para se preparar para o depoimento no STF. O gesto reforçou a proximidade entre os dois, mesmo em meio à gravidade das acusações que pesam sobre Bolsonaro.

O depoimento ocorre dentro da ação penal que investiga um suposto plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor das eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) classifica o grupo como um “núcleo central” de articulação de medidas golpistas — incluindo prisão de ministros do STF e decretação de estado de sítio.

Réus e acusações graves

Bolsonaro faz parte de uma lista de oito réus que estão sendo ouvidos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. A lista inclui nomes como Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), e Walter Braga Netto (candidato a vice de Bolsonaro em 2022).

Todos os acusados respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, e deterioração de patrimônio público. Se condenados, as penas somadas podem chegar a até 30 anos de prisão.

Os interrogatórios permitem que os réus escolham responder — ou não — às perguntas feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, pela Procuradoria-Geral da República e por seus próprios advogados.

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